Cuidados com o seu radiador.

Os cuidados que ainda é preciso ter com o radiador do carro

Praticamente esquecido nos carros modernos, o radiador ainda exige pequenos cuidados que podem poupá-lo de um grande prejuízo

Grade Ativa do chevrolet spin
 Na Chevrolet Spin, grade ativa abre e fecha automaticamente a passagem de ar para o radiador quando é conveniente

Na Chevrolet Spin, grade ativa abre e fecha automaticamente a passagem de ar para o radiador quando é conveniente (divulgação/Chevrolet)

Quando se fala em manutenção, quase ninguém hoje lembra do radiador. Como faz parte de um sistema de arrefecimento selado, acabou o excesso de cuidados que ele exigia no passado. Por ser mais sofisticado, porém, quando dá problemas, o conserto pode ser bem caro.

“O radiador antigo era de latão com caixa (moldura) de metal, o que tornava o reparo simples. Os motores modernos exigiram um radiador menor, de alumínio e com caixa de polímero (plástico)”, explica Francisco Satkunas, diretor da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade).

Hoje, se o radiador quebrar, seja caixa ou colmeia (parte central), só a troca resolve. Mas é raro. O mais comum é um problema em braçadeira, mangueira ou bomba d’água.

A manutenção básica nesse caso é a checagem periódica do nível do líquido de arrefecimento, formado por água desmineralizada e um aditivo que aumenta o ponto de ebulição e protege o selo da bomba d’água.

Tudo tem de funcionar perfeitamente, pois um simples vazamento pode fundir o motor. “Não dá para checar toda semana, que é o ideal, mas recomendo ver o nível ao menos a cada 15 dias.”

Propaganda do fusca da Volkswagen com um radiador no porta malas
 Propaganda do fusca da Volkswagen com um radiador no porta malas

Propaganda do fusca da Volkswagen com um radiador no porta malas (Divulgação/Quatro Rodas)

Também vale ficar de olho na cor do fluido. “O carro vem com um aditivo que em geral é vermelho ou verde. Se a cor mudar, variando para o marrom, é sinal de corrosão no sistema.

É verdade que a maioria dos motores tem bloco de alumínio, mas a bomba d’água pode ter componentes que oxidem. A alteração da cor também pode revelar que o líquido não está na composição correta. É hora de ir à oficina”, diz o Satkunas.

O sistema de arrefecimento de todo automóvel é fechado e não admite variações. Se houver, é porque deve ter vazamento. Peça ao mecânico para fazer testes para descobrir por onde o líquido está escapando. As braçadeiras podem não estar bem fixadas ou as mangueiras podem apresentar furos ou rachaduras.

Para manter tudo em ordem, é recomendável substituir o líquido de tempos em tempos. Um bom intervalo é a cada dois anos ou 70.000 km.

A última dica é manter a colmeia limpa. Se você pega estrada de terra, veja se há barro no radiador, limpando da parte de dentro do cofre do motor para fora, com a mangueira. “O ar tem de circular entre os circuitos livremente. É o que permite a troca de calor”, diz Satkunas.

E verifique se há folhas, sacos plásticos ou outros elementos bloqueando a passagem. Isso garantirá ao radiador uma vida longa e a você, tranquilidade no dia a dia.

 

Fonte: https://quatrorodas.abril.com.br